SEMIÓTICA DOCUMENTAL E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: REVISITANDO A QUESTÃO

SEMIÓTICA DOCUMENTAL E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO REVISITANDO A QUESTÃO_2019_(Pesquisa em GESTAO e ORGANIZACAO da Informação panorama Hispano Brasileira).pdf

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Título

SEMIÓTICA DOCUMENTAL E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO: REVISITANDO A QUESTÃO

Assunto

Semiótica documental,
Linguística documental

Autor

Carlos Cândido de Almeida

Descrição

O trabalho toma como contexto de fundo as teorias semióticas que influenciaram a composição teórica da Ciência da Informação no Brasil e da Documentação na Espanha. O objetivo geral é examinar a proposta teórica da semiótica documental e seu grau de articulação com a Ciência da Informação. Recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica para dar cabo da discussão. O início da estruturação epistemológica de uma subdisciplina ou subcampo denominado Semiótica Documento-Informacional tem suas origens vinculadas aos trabalhos do autor espanhol Izquierdo Arroyo nos anos 1980. Izquierdo Arroyo apresentou uma exposição completa dos principais conceitos da Semiótica peirceana, expondo a divisão da Semiótica em Gramática Especulativa, Retórica Pura e Lógica Geral (Izquierdo Arroyo, 1992, p. 39-40). A Semiótica Documental assenta-se marcadamente na concepção semiótica de Peirce e na divisão das dimensões da semiose desenvolvida por Morris. Para o autor, a disciplina não se confunde com análise documental, pois considera esta expressão apenas voltada à descrição bibliográfica ou física dos documentos. Diferente da Linguística documental que se alinha à Linguística, apesar da notória influência linguística, a Semiótica Documental recorre à Semiótica geral de Peirce para projetar seus ramos e colocar-se os problemas de tratamento do conteúdo na Documentação sob este quadro de análise. Desenvolvendo um pouco mais a reflexão sobre a disciplina e apropriando-se das dimensões da semiose de Morris, Izquierdo Arroyo destacou alguns desenvolvimentos históricos da disciplina. Izquierdo Arroyo (1990, p. 46) é tributário logicamente à García Gutiérrez pois este lançou à Documentação a questão da Linguística Documental, contudo propõe a abertura da acepção empregada à disciplina, resultado da reflexão e questionamento do rótulo até então utilizado. Depreende-se dos argumentos de Izquierdo Arroyo que: 1) os documentos, de longe, não se limitam mais ao escrito-textual, dada a abundância e a variedade dos códigos e suportes documentais; 2) a questão semântica e pragmática mobiliza outros conhecimentos que não os tradicionalmente utilizados pela Documentação de recorte linguístico; 3) a existência de uma multiplicidade de códigos e de processos de tradução inter e entre códigos na Documentação. Conclui-se que que o campo semiótico no interior da Ciência da Informação já estava em marcha no final dos anos de 1980 via uma matriz hispânica, antes mesmo dos trabalhos dos dinamarqueses Mai e Thellefsen.

Editor

Universidade de Brasília, Faculdade de
Ciência da Informação

Data

11/11/2019

Direitos

Universidade de Brasília, Faculdade de
Ciência da Informação
Carlos Cândido de Almeida

Idioma

Português

Tipo

Texto

Identificador

ISSN 2675-2409

Abrangência

Programação Cientifica

ITEM DOCUMENTO TIPO TEXTO Item Type Metadata

Descrição GT

Gestão da Informação, Comunicação e Organização do
Conhecimento

Descrição Coordenador

Dr Emir Suaiden

Dra Cecília Leite

Data Publicação

2020

Localização

Escola de Comunicação e Artes – ECA/USP - São Paulo / Brasil

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