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Título
Narrativas artísticas: Nego do Borel e o esvaziamento de representação das identidades de gênero
Assunto
Narrativa artística;
Representações sociais;
Identidade de gênero;
Estudos culturais
Autor
Beatriz Andreotti Santos,
Fernando Cruz Lopes
Descrição
Este estudo analisa a trajetória do cantor Nego do Borel, relacionando suas manifestações públicas e produções audiovisuais à construção e repercussão de uma narrativa artística atravessada por posicionamentos políticos.
Com base nos estudos culturais, utiliza-se como objeto o videoclipe Me solta e a resposta de Nego do Borel ao comentário de Luísa Marilac no Instagram, relacionando situações nas quais o cantor evidencia sua homofobia e transfobia com seu desligamento da gravadora Sony Music. O estudo de caso permite uma visão empírica de assuntos que são bem representados teoricamente, sendo assim, analisa-se uma determinada situação (manifestações homofóbicas e transfóbicas), de apenas um indivíduo (do cantor Nego do Borel). Logo, considera-se um caso muito específico, com situação muito determinada para relacionar a prática cultural hegemônica com a representação de valores e posicionamentos frente à diversidade dos artistas e empresas.
Contradizendo a imagem que tentou vender por meio de seu videoclipe, em um diálogo público o cantor explicita seu preconceito - abertamente homofóbico e transfóbico. A interação foi o estopim para diversas críticas em relação ao comportamento do cantor, que já havia sido muito criticado pela representação debochada em seu videoclipe. A narrativa que Nego do Borel vinha tentando construir categoricamente não equivalia com as ações do cantor em outros momentos, o que culminou em seu desligamento da gravadora Sony Music.
As ações públicas do artista querendo ou não representam os valores da gravadora que o ampara, portanto, pode-se entender que tanto o cantor quanto a gravadora possuem responsabilidade nas situações ocorridas: o primeiro por se tratar de uma figura pública com influência direta para seus seguidores; a segunda, por optar não construir uma estratégia de reparação aos danos criados por seu agenciado.
É importante notar como, ainda que os produtos culturais sejam produzidos visando o lucro, eles não são absolutamente nada sem seus consumidores e não basta produzir exclusivamente algo que atraia - o público atual demanda representação genuína, para além de discursos vazios. Para tanto, é necessário que essas empresas pensem a diversidade como parte da cultura organizacional de fato, não apenas uma moeda de troca para construção de relações com a sociedade.
Com base nos estudos culturais, utiliza-se como objeto o videoclipe Me solta e a resposta de Nego do Borel ao comentário de Luísa Marilac no Instagram, relacionando situações nas quais o cantor evidencia sua homofobia e transfobia com seu desligamento da gravadora Sony Music. O estudo de caso permite uma visão empírica de assuntos que são bem representados teoricamente, sendo assim, analisa-se uma determinada situação (manifestações homofóbicas e transfóbicas), de apenas um indivíduo (do cantor Nego do Borel). Logo, considera-se um caso muito específico, com situação muito determinada para relacionar a prática cultural hegemônica com a representação de valores e posicionamentos frente à diversidade dos artistas e empresas.
Contradizendo a imagem que tentou vender por meio de seu videoclipe, em um diálogo público o cantor explicita seu preconceito - abertamente homofóbico e transfóbico. A interação foi o estopim para diversas críticas em relação ao comportamento do cantor, que já havia sido muito criticado pela representação debochada em seu videoclipe. A narrativa que Nego do Borel vinha tentando construir categoricamente não equivalia com as ações do cantor em outros momentos, o que culminou em seu desligamento da gravadora Sony Music.
As ações públicas do artista querendo ou não representam os valores da gravadora que o ampara, portanto, pode-se entender que tanto o cantor quanto a gravadora possuem responsabilidade nas situações ocorridas: o primeiro por se tratar de uma figura pública com influência direta para seus seguidores; a segunda, por optar não construir uma estratégia de reparação aos danos criados por seu agenciado.
É importante notar como, ainda que os produtos culturais sejam produzidos visando o lucro, eles não são absolutamente nada sem seus consumidores e não basta produzir exclusivamente algo que atraia - o público atual demanda representação genuína, para além de discursos vazios. Para tanto, é necessário que essas empresas pensem a diversidade como parte da cultura organizacional de fato, não apenas uma moeda de troca para construção de relações com a sociedade.
Editor
Universidade de Brasília- UnB
Data
24/11/2021
Direitos
Aos respectivos autores
Idioma
Português
Tipo
Texto
Abrangência
Científica
ITEM DOCUMENTO TIPO TEXTO Item Type Metadata
Descrição GT
Informação e sociedade: Sustentabilidade e direitos humanos
Descrição Coordenador
Prof.ª Dra. Georgete Medleg Rodrigues (UnB)
Prof. Dr. Juan José Prieto Gutiérrez (UCM)
Data Publicação
24/11/2021
Localização
Universidade de Brasília- UnB
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