Da Academia à Sociedade: O Projeto M.A.P. nas mídias digitais

Da Academia à Sociedade: O Projeto M.A.P. nas mídias digitais

Divulgação cientifica,
Mídias digitais,
Mulheres na América Portuguesa

Raquel de Paula Guets

Sofia Tonoli Maniezzo Zani

Laryssa Albino Oliveira

Levar uma pesquisa acadêmica para fora da universidade se tornou pauta entre as principais universidades brasileiras. Isso se deve principalmente ao momento histórico e crítico no qual estamos vivendo, uma vez que a sociedade tem questionado qual o papel da universidade; consequência, talvez, do descolamento da academia no contato social. Como informar a sociedade sobre projetos e eventos científicos em uma linguagem acessível? E qual a função das mídias sociais nessa divulgação? É o que a Frente de Extroversão, criada no âmbito do projeto M.A.P (Mulheres na América Portuguesa), tem trabalhado desde o começo deste ano de 2019, com resultados interessantes que constroem essa ponte academia-sociedade, e que apresentaremos nesta oportunidade. O projeto M.A.P nasce, entre outras motivações, da falta de uma chave de busca em arquivos com repositórios digitais, como o Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Lisboa e o Arquivo Público do Estado de São Paulo, que tenham um recorte de gênero. Valendo-se dos documentos disponíveis em acervos digitais e físicos, o M.A.P. propõe a construção de um catálogo próprio, digital e georreferenciado, com documentos que formem um corpus de mulheres autoras ou referidas dentro de um recorte temporal, 1500 a 1822, ou seja, durante o período do Brasil colonial. O próprio catálogo digital, que tem como objetivo e consequência facilitar as pesquisas futuras e atuais das áreas de História, Filologia e Linguística sobretudo, também está disponível para o público geral, agindo simultaneamente como um projeto de pesquisa e de divulgação científica (popularização da ciência) - e, para ampliá-lo ainda mais, decidimos criar a Frente de Extroversão, responsável pelas mídias digitais de forma a garantir que o alcance do projeto aumentasse. As redes sociais mostram ótimos resultados nesse sentido: no Facebook, alcançamos a marca de 805 curtidas. Já no Instagram, chegamos a 545 seguidores orgânicos, sendo, destes, 78% mulheres. As mídias digitais também têm como resultado, para além da democratização da informação acadêmica, a pesquisa solidária. Assim, ao compartilharmos o projeto, acabamos por receber mensagens de pessoas de outros estados com sugestões de documentos que poderiam ampliar e diversificar ainda mais o corpus digital. O catálogo, portanto, passou a ser um trabalho coletivo que estará sempre em construção, sem um prazo de término e que se alimenta dessa pesquisa solidária feita com pesquisadoras e pesquisadores de todo o Brasil, descentralizando-se da Universidade de São Paulo e aproximando a academia da sociedade.

Universidade de Brasília, Faculdade de
Ciência da Informação

12/11/2019

Universidade de Brasília, Faculdade de
Ciência da Informação

Raquel de Paula Guets

Sofia Tonoli Maniezzo Zani

Laryssa Albino Oliveira

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ISSN 2675-2409

Programação Cientifica

Informação e Sociedade

Dra Angélica Alves

Dra Maria Teresa Fernández Bajón

2020

Escola de Comunicação e Artes – ECA/USP - São Paulo / Brasil