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Título
Informação, memória e democracia: limites e possibilidades dos arquivos na trajetória da sociedade brasileira
Materia
Informação,
Democracia,
Arquivos,
Pro-Documento
Democracia,
Arquivos,
Pro-Documento
Autor
Shanna de Oliveira Rangel
Maira Cristina Grigoleto
Tiago Braga da Silva
Descripción
No cenário brasileiro, entre as décadas de 1970 e 1980, foram realizadas discussões sobre o direito à memória e à informação. Além disso, pautava-se a necessidade de formulação de políticas para subsidiar as práticas de preservação, tratamento e acesso à documentação pública e privada de interesse público e social. A Constituição de 1988, a Lei nº 8.159/1991 e a Lei nº 12.527/2011 podem ser compreendidas como dispositivos por meio dos quais as necessidades apontadas receberam respaldos jurídicos melhor delineados. No entanto, diante da atual realidade brasileira, verifica-se a relevância de retornar às reflexões sobre a importância da informação e dos arquivos para a sociedade. Isto porque, em meio ao complexo emaranhado de questões referentes a conjuntura política, econômica e social, tem-se vivenciado ataques e retrocessos ao Estado democrático de direito. Em consideração aos avanços e retrocessos nos processos democráticos, concebe-se que, na década de 1980, havia uma luta para a redemocratização no país e que, na conjuntura atual, busca-se a manutenção e fortalecimento da democracia. Para complementar esse entendimento, indicam-se as descontinuidades nas práticas de informação e arquivísticas, bem como as relações de saber/poder que refletem nas políticas e instituições. Para tanto, o objetivo deste trabalho é analisar tais dinâmicas em dois momentos distintos. Isto é, na década de 1980, com as propostas do Programa Nacional de Preservação da Documentação Histórica (Pró-Documento); e, no cenário atual, com as reconduções no Arquivo Nacional e no Conselho Nacional de Arquivos. Para contemplar a proposta enunciada, este trabalho estrutura-se por meio de revisão de literatura e estudo de bases documentais (leis, decretos, portarias e reportagens). Em um primeiro momento apresenta o Pró-Documento (1984-1988), integrado a Subsecretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/Fundação Nacional Pró-Memória, destacando o protagonismo de suas propostas para preservação, tratamento e disponibilização de acervos documentais privados. Em seguida, aborda questões do cenário arquivístico atual e a sua relação com as políticas públicas. Desse modo, propõe uma reflexão sobre os limites e as possibilidades de uma política nacional de arquivos para fomentar a relevância da informação e dos arquivos para memória e democracia brasileira. Os resultados apontam que o aprofundamento de entendimentos sobre as descontinuidades mencionadas pode fundamentar a estruturação de dispositivos para o enfrentamento de retrocessos. As conclusões indicam que é necessário pensar o lugar-espaço e o espaço-tempo dos arquivos frente a sua função social de contribuir para a promoção de memórias, direitos, culturas, identidades e democracia.
Editor
Universidade de Brasília, Faculdade de
Ciência da Informação
Ciência da Informação
Fecha
12/11/2019
Derechos
Universidade de Brasília, Faculdade de
Ciência da Informação
Ciência da Informação
Shanna de Oliveira Rangel
Maira Cristina Grigoleto
Tiago Braga da Silva
Idioma
Português
Tipo
Texto
Identificador
ISSN 2675-2409
Cobertura
Programação Cientifica
ITEM DOCUMENTO TIPO TEXTO Item Type Metadata
Descrição GT
Informação e Sociedade
Descrição Coordenador
Dra Angélica Alves
Dra Maria Teresa Fernández Bajón
Data Publicação
2020
Localização
Escola de Comunicação e Artes – ECA/USP - São Paulo / Brasil
Posición: 213 (186 Puntos de vista)